o senhor Vitorino perdeu o tino, sussurram as bocas
sem dentes. um desatino demitir-se, assim, de divino,
persistem os dentes fora das bocas. foi do piolho, grita o zarolho
do poleiro. foi da bicha, apita o moleiro no ribeiro.
o trejeito feminino do senhor Vitorino nunca me enganou,
rugiu de fininho o bailarino. pôs-se a jeito,
mugiu
o boi, foi o que foi.
o senhor Vitorino perdeu o tino, um desatino demitir-se de divino.
(Ilustração de Mariana Morais Santos)